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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Operação Lava Jato, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o marido dela, o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo, e o empresário Ernesto Kugler, ligado ao casal.


  • Segundo o Ministério Público, Gleisi é acusada de receber R$ 1 milhão em propina do esquema de corrupção que atuava na Petrobras. A senadora petista foi citada nas delações premiadas do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
  • De acordo com os relatos dos dois delatores, houve pagamento indevido de R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.
  •  Yousseff e Costa afirmam que o dinheiro foi repassado a pedido de Paulo Bernardo, que, à época, estava à frente do Ministério do Planejamento.
  • O doleiro contou aos procuradores da República que o pedido de recursos foi feito por Ernesto Kugler Rodrigues, amigo do casal. O empresário nega ter atuado na campanha da senadora.
  • Antonio Carlos Pieruccini, um novo delator da Lava Jato, disse que transportou a propina para Gleisi, em dinheiro em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens.
  •  Pieruccini afirmou que entregou o dinheiro para Ernesto Kugler.
  • “Indagado acerca dos fatos constantes do anexo 01 (senadora Gleisi Hoffmann) afirmou: que, em 2010, o declarante transportou 
  • R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de São Paulo para Curitiba, a pedido de Alberto Yousseff; que Alberto Yousseff disse que os valores se destinavam à então candidata à senadora Gleisi Hoffmann; que Alberto Yousseff disse que os valores seriam usados para o financiamento da campanha de Gleisi Hoffmann; que a conversa inicial com Alberto Yousseff ocorreu provavelmente em fevereiro ou março”, relata trecho da delação premiada de Pieruccini.
  •  No fim de março, Gleisi Hoffmann e o marido dela foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por corrupção passiva. 
  • O indiciamento consiste numa conclusão do delegado de polícia acerca das suspeitas sobre um investigado e, em geral, precede a formulação de denúncia pelo Ministério Público, que pode ou não concordar com as conclusões da PF.
  • A investigação da Polícia Federal concluiu que há indícios suficientes de que a campanha da petista ao Senado recebeu R$ 1 milhão em recursos desviados da Petrobras.
  • O indiciamento da senadora do PT, entretanto, é alvo de questionamento porque o STF decidiu, em 2006, que parlamentares não podem ser indiciados pela polícia. Em abril, o procurador-geral da República chegou a enviar parecer ao tribunal contestando o indiciamento de Gleisi pela PF. 
  • Para o chefe do Ministério Público, os inquéritos criminais que tramitam na Suprema Corte envolvendo autoridades públicas não podem ser objeto de indiciamento.

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