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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Ministra que pediu salário de R$ 61 mil tem direito a motorista, jatinho da FAB e imóvel

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que comparou sua situação salarial com a de uma pessoa submetida a trabalho escravo, tem direito a uma série de benefícios.
  • Além do contracheque de R$ 33,7 mil mensais que recebe como desembargadora aposentada, ela tem a sua disposição todas as regalias garantidas aos ministros do governo, como carro com motorista, jatinho da FAB, cartão corporativo e imóvel funcional.
  • Luislinda também ganha diárias do governo federal, sempre que necessário. Só neste ano ela recebeu R$ 45,098 mil. No ano passado, a ministra recebeu R$ 26.135 entre julho, quando assumiu, e dezembro.
  • Em junho deste ano, além do salário de desembargadora aposentada no Tribunal de Justiça da Bahia, Luislinda recebeu R$ 15 mil a mais relacionados a uma vantagem paga a servidores daquele estado.
  • Em nota divulgada nesta quinta-feira, Luislinda afirma que desistiu do pedido para acumular salários. Na petição que enviou ao governo federal solicitando que ao seu salário de ministra fosse somado o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria o rendimento bruto de R$ 61,4 mil, Luislinda afirmou que "sem sombra de dúvidas" a situação se assemelha ao trabalho escravo. 
  • Ela reclamou que devido à regra do teto constitucional só pode receber R$ 33,7 mil, o equivalente ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal. O caso foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
  • Em entrevista nesta quinta-feira à rádio CBN em que confirmou ter feito o pedido, a ministra disse que fez uma "uma alusão, uma simbologia (ao trabalho escravo), porque todo trabalho que se executa e que não tem as respectiva remuneração, ele não é correto, ele não é um trabalho legal".
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