"Esse desprezo pelo outro, que Vossa Excelência encarna tão bem, ao fazer dormir um processo por 11 anos, encontrou agora a morte de um dos que esperam", diz o texto.
O aposentado Celmar Lopes Falcão, de 80 anos, passou seus últimos 11 anos de vida esperando seu processo contra o INSS ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não deu tempo. Na última semana, as advogadas Lílian Velleda Soares e Maria Emília Valli Bütow informaram ao tribunal o falecimento de seu cliente, ocorrido no último dia 16, em Pelotas (RS). No comunicado, elas ironizaram a ministra Rosa Weber, relatora da solicitação desde 2011, por não tê-la considerado a tempo: "Parabéns, Ministra, pela demora!".
No texto, as advogadas informam que o processo está parado no STF desde maio de 2008, quando um recurso extraordinário do INSS foi admitido e suspendeu o pagamento de parte do benefício do idoso. Elas salientam, ainda, que "suplicam o julgamento" desde 2012. "No entanto, o STF não cumpriu, até hoje, o dever de prestar jurisdição de forma célere”, escrevem. Para elas, a falta de resposta da côrte a Celmar em vida demonstra "desprezo pelo outro, encarnado tão bem" por Rosa, responsável pela relatoria, "ao fazer dormir um processo por 11 anos
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