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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Queda de Evo Morales estimula forças tenebrosas de direita, diz Amorim


Queda de Evo Morales estimula forças tenebrosas de direita, diz Amorim

A queda de Evo Morales, que renunciou à presidência da Bolívia depois de uma onda de protestos, pode estimular a extrema-direita na região, na visão do diplomata Celso Amorim, que foi ministro de Relações Exteriores durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Para ele, as insatisfações populares contra governos de esquerda existem, mas em vários casos são insufladas e manipuladas. "[O caso da Bolívia] Pode estimular forças tenebrosas que estão em ação, forças de extrema-direita que manipulam essas situações [insatisfações populares]. Não é que essas situações não existem. Como em 2013 aqui no Brasil [os protestos de junho daquele ano], pode ter surgido autenticamente, mas foi manipulado depois."

Amorim classifica a situação na Bolívia como um golpe. Evo Morales venceu as eleições de 20 de outubro que lhe dariam mais um mandato presidencial, mas houve denúncias de fraude, e a OEA (Organização dos Estados Americanos) apontou irregularidades no pleito.

Uma onda de protestos tomou conta do país nas últimas duas semanas, inclusive com a adesão de policiais nos últimos dias. As casas da irmã de Evo Morales e políticos ligados ao governo foram atacadas. O comando das Forças Armadas e opositores pediram sua renúncia.

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