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sexta-feira, 23 de junho de 2017

A jornalista Miriam Leitao alerta para o fato de a polarização radicalizada que domina o país esteja eliminando o espaço do diálogo - tão precioso para a democracia. E a luta contra a #corrupção está no meio desse radicalismo.

Depois de sofrer com perseguição e xingamentos de petistas Mirian Leitão acordou
  • "A corrupção é um inimigo sem tendência política. Ela faz tão mal à política como à economia, enfraquece seus fundamentos, distorce e põe em risco todos os valores. 
  • Na economia, ela aumentou a cartelização, a tomada de decisões de alocação de recursos sem qualquer racionalidade, o desperdício do dinheiro público, a redução da transparência do gasto do governo, a ineficiência. 
  • O que tem sido revelado é a radicalização da captura do Estado pelo poder empresarial, que sempre existiu no Brasil, mas agravou-se. 
  • Houve, na verdade, uma captura mútua. As empresas grandes ficam dependentes dos favores do Estado e dos políticos, e os políticos ficam viciados no dinheiro das empresas. 
  • Os dois se misturaram em doentia dependência recíproca. Esse é o centro da complexidade que temos que entender, enfrentar e superar."
  • Leia o artigo completo: http://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leit…/…/democracia.html

  • É assustador o sentimento de que a democracia está entrando em colapso. O cientista político Bruno Reis, da UFMG, chama a atenção para o fato de que a democracia brasileira é bem sucedida. 
  • Ela não está em crise por falta de conquistas. 
  • Foi nela que o país alcançou a estabilidade monetária, depois do longo período hiperinflacionário, foi ela que iniciou o processo de redução da pobreza e da desigualdade. 
  • Na democracia, foram criadas as condições para um Ministério Público forte e independente que está nos conduzindo no processo que enfrenta um velho inimigo.
  • A corrupção é um inimigo sem tendência política. 
  • Ela faz tão mal à política como à economia, enfraquece seus fundamentos, distorce e põe em risco todos os valores. 
  • Na economia, ela aumentou a cartelização, a tomada de decisões de alocação de recursos sem qualquer racionalidade, o desperdício do dinheiro público, a redução da transparência do gasto do governo, a ineficiência. 
  • O que tem sido revelado é a radicalização da captura do Estado pelo poder empresarial, que sempre existiu no Brasil, mas agravou-se. Houve, na verdade, uma captura mútua. As empresas grandes ficam dependentes dos favores do Estado e dos políticos, e os políticos ficam viciados no dinheiro das empresas. 
  • Os dois se misturaram em doentia dependência recíproca. Esse é o centro da complexidade que temos que entender, enfrentar e superar.

Um comentário:

  1. Parece que depois da agonia que passou com os petistas no avião, Mirian Leitão acordou para a trajetória que a nossa democracia vem fazendo.

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