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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

"Gabinete do odio" é financiado com dinheiro público, diz Joice. Quase 2 milhões de robôs.


“Eu quero crer que o presidente não sabe disso”, disse Joice, ao citar a ação das supostas redes de difamação que, de acordo com dados apresentados por ela, fazem amplo uso de perfis falsos em redes sociais. Joice disse que o próprio presidente tem publicações impulsionadas por robôs. “São quase dois milhões de robôs seguindo dois perfis, sendo 1,4 milhão no perfil de Jair Bolsonaro e 468 mil no perfil de Eduardo Bolsonaro”, disse.

A deputada do PSL de São Paulo afirmou ter começado a investigar as estratégias de difamação de antigos aliados de Bolsonaro desde que foi destituída da liderança do governo e passou ela própria a ser alvo dos ataques. Em sua pesquisa, que teria gerado 174 páginas salvas e já autenticadas por um especialista, Joice contou ter encontrado o valor médio de R$ 20 mil para a contratação de campanhas impulsionadas por robôs.

Joice também afirmou não saber quem financia tal cadeia de difamação, mas sugeriu à comissão que “siga o rastro do dinheiro porque estamos falando de milhões [de reais]“. Apesar de não apontar eventuais financiadores do esquema, a deputada declarou que boa parte da fonte das notícias falsas e campanhas difamatórias têm origem em gabinetes de políticos aliados, tocadas por assessores e pelos próprios legisladores.

Ex-líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) prestou depoimento na tarde desta quarta-feira, 4, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Na apresentação, Joice expôs capturas de telas de internet que mostram conversas entre supostos grupos de políticos, assessores parlamentares e influenciadores digitais que seriam ligados ao presidente Jair Bolsonaro nas quais articulam ataques a ex-aliados dele, EXEMPLO, ELA.

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